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ERVOARIA BRUXA

 

Introdução ao Caminho da Ervoaria Bruxa

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Quando a bruxa inicia sua jornada pela Senda da Sabedoria Tradicional, logo percebe que suas encruzilhadas não estão vazias. Ali, entre sombras e murmúrios, espíritos antigos se aproximam: alguns a induzem ao Trabalho, outros a convidam a explorar as fronteiras tênues entre este mundo e o Outro. É por meio desses encontros que ela encontra aliados,  guias que a conduzem de um limiar a outro, de uma encruzilhada à seguinte, até os círculos mais profundos da sabedoria oculta.


Muitos desses espíritos auxiliares nascem dos anima que compõem o Caminho Torto. Eles acompanham a bruxa em sua subida simbólica até a Montanha, onde os Exilados celebram, em espírito, o Grande Sabá. Entre esses companheiros invisíveis, estão também os familiares do Reino Vegetal um vasto domínio verde, governado pelo Primeiro Agricultor, onde cada folha, raiz e semente guarda um espírito desperto. O Caminho da Ervoaria Bruxa leva o praticante a entrar em comunhão com os lugares selvagens e com os guardiões vegetais que ali

 

residem. Esses espíritos clareiam o caminho, mantêm o fogo sabático ardendo no peito da bruxa e auxiliam na realização de seus desejos. Este é o Reino do Deus Verde, o Ancestral das Bruxas, aquele que conhece as sendas tortuosas e concede acesso a elas.
O uso de um vegetal é, por si só, um portal: cada erva abre vias distintas, podendo expandir a consciência, guiar sonhos, proteger, atrair, fechar portas ou abri-las. Na Arte da Feitiçaria, comungar com os Espíritos Verdes é indispensável. Criar laço com esses anima fortalece o elo mágico-espiritual, pois tudo que floresce no solo sagrado é habitado por uma inteligência antiga. Ao longo das eras, esses seres têm auxiliado a bruxa em sua busca pelo seu próprio Caminho diante do fogo sabático. A eles se oferecem dádivas, respeito e pequenos sacrifícios  e, em troca, vêm o conhecimento, o poder e a presença viva dentro do Ofício.


A Ervoaria Bruxa é exatamente isso: o caminhar conjunto da bruxa e dos espíritos vegetais. É permitir que as ervas participem do artesanato mágico, do trabalho do feitiço e da vida espiritual. Muitas plantas, hoje diluídas no folclore do povo, guardam segredos profundos: atraem sorte, afastam males, curam ou ferem, despertam desejos ou silenciam paixões, convocam os mortos ou aquietam os vivos.


O curandeirismo, a medicina popular do povo antigo, sempre esteve entrelaçado à bruxaria. Benzedeiras, curandeiros, parteiras e feiticeiros  todos eles aprenderam a ouvir as vozes dos anima que habitam os Reinos Vegetal, Animal e Mineral. São pessoas astutas, de mãos sábias, que conhecem os mistérios mágicos e medicinais dos verdes espíritos que crescem sob o sol, a lua e a chuva. Este é o caminho. Este é o Ofício Verde. Este é o saber que cresce, silencia e fala.

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Cain Mireen

           Criado por wix.com

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Que a benção, a astúcia e a maldição

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