Folclore
A Arte Antiga que Alimenta a Bruxaria Tradicional
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Folclore não é apenas história contada ao redor do fogo: é a raiz viva que sustenta a bruxaria tradicional e a magia popular. Cada conto, cada assombração, cada planta com fama de curar ou ferir, cada gesto de proteção herdado das avós tudo isso forma o grande corpo de saberes que chamamos de folclore. Ele é o solo onde o Ofício cresce.
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Na bruxaria tradicional, o folclore é mais do que curiosidade cultural: é ferramenta, é mapa, é caminho. É através dele que reconhecemos os espíritos da terra, os velhos deuses mascarados de santos, as criaturas-limite, os presságios, os tabus e as forças que se ocultam no cotidiano. O folclore é a voz da ancestralidade sussurrando que a magia sempre esteve entre nós nas encruzilhadas, nos campos, nas cozinhas, nos bisbos da mata, nas águas escuras e nas noites de vento.
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A magia popular nascida do povo, da necessidade, da observação da natureza e da convivência com o invisível bebe diretamente dessa fonte. Benzimentos, simpatias, maldições, encantamentos com ferro, proteções feitas com alho, raízes, ervas e rezas murmuradas no ritmo da respiração… tudo isso faz parte da mesma tapeçaria que alimenta a prática do feiticeiro tradicional.
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No Brasil, o folclore é ainda mais profundo: uma floresta de símbolos onde se encontram o indígena, o africano e o europeu. E nas ilhas britânicas e escocesas berço da tradição que inspira seu caminho o folclore guarda pactos velados com fadas antigas, espíritos da colina, homens-verdes, cavalos espectrais e bruxas que caminhavam entre os mundos.
Estudar folclore, para o praticante da arte, não é entretenimento: é um ato de resgate. É reconhecer que cada mito contém um método, cada história carrega uma chave, cada superstição revela um princípio mágico. O folclore é um grimório disfarçado de cultura. Aqui, neste blog, o folclore é tratado como parte essencial do Ofício uma herança que ilumina símbolos, alimenta ritos, inspira feitiços e fortalece a prática da bruxa e do bruxo moderno que escolhem seguir o Caminho Antigo.
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CAIN MIREEN
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