Oração ao Velho Caminhante
- Cain Mireen

- 3 de out.
- 2 min de leitura
É da natureza da bruxa criar orações que lembra poesia, essas poesias escondem uma arte oculta do uso da palavra, emoções e devoção. Uma vela acesa em frente a uma cruz de pinheiro,o simbolo da encruzilhada; Uma oferenda de pão de cevada e vinho é deixado na lareira ou durante uma peregrinação ao algum lugar de encontro com o Velho sendo a beira da floresta, encruzilhada ou cemitério. Aqui vai uma oração de uso pessoal.
Ó Velho das Cruzes e Caminhos,
Senhor das Sombras que sopram entre as cercas vivas,
Tu que vens com pés de bode e olhos de flama,
Ouça a palavra sussurrados de teu filho noturno.
Vim com o sangue da Terra nas mãos,
Com a marca da Estrela e da Serpente sobre a pele.
Pisei as sendas do silêncio, bebi da poça encantada,
E é a ti que chamo nas horas em que o mundo adormece.
Tu que és o Mestre da Arte do Nó,
O Dono da Chave e da Caveira,
Tu que conduzes o sabá sob raízes de carvalho,
Ergue tua face do véu entre os mundos.
Senta-te comigo junto ao fogo bruxo,
Caminha atrás de mim nos campos altos,
Fala pela boca da coruja, assobia nas folhas mortas,
E grava tua marca no ferro do meu destino.
Vinho negro, pão de cevada,
Te ofereço sob o espelho da lua.
Um fio de cabelo, um traço de sal,
E o meu juramento de andar contigo entre os vivos e os mortos.
Velho Cornífero, Portador do Saber Antigo,
Chifre e Círculo, Ossos e Fumaça,
A ti me uno, na Arte Profunda,
Até que os sinos do ocaso me levem para tua colina oculta.
Por ossos do sapo, galho torcido e estrela caída,
Assim seja. Assim é. Assim será.

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